O que é Economia Solidária?

 

O conceito de Economia Solidária pode parecer algo novo, porém, sua atuação e seus impactos procedem desde o começo do segundo milênio. Ainda se contrastando à Economia Capitalista, a Economia Solidária possui alguns aspectos relacionados ao Socialismo no sentido de que não deve haver competição entre os indivíduos, mas sim, uma cooperação mútua, dessa forma, incentivando o crescimento da economia.

 

E neste sentido de cooperação mútua, surgem as Cooperativas que, segundo o economista Paul Singer, são uma forma de demonstrar a força operária, unindo esforços para prestar serviços aos associados de uma forma que o objetivo principal da organização não é a geração de lucros, mas garantia de que todos os envolvidos nos processos de produção (de bens ou serviços) sejam comumente beneficiados.

 

Portanto, este tipo de economia visa, não apenas, resolver questões financeiras, mas, principalmente, sociais. No sentido de que todos os indivíduos de uma sociedade devem ser incluídos de alguma forma no processo de geração de bens ou serviços. Assim, a Economia Solidária procura resolver não apenas problemas financeiros, mas ainda de inclusão social,  evitando o desemprego e proporcionando aos envolvidos, igual distribuição de recursos.

 

 

 

 

 

 

Alguns valores e práticas são indexadas no conceito de economia solidaria como um todo: Cooperação, Solidariedade, Autogestão, Viabilidade economia, praticas alternativas e trabalho sustentável. Dentro destes conceitos o que mais se destaca é a cooperação mutua, que é praticada com a união de esforços envolvimento tanto no processo de compra como no processo de venda, por exemplo. Assim, no caso de uma organização que exerce a economia solidária, o foco principal é na manutenção e sustentabilidade de seus fornecedores e clientes pagando e cobrando um preço justo e garantindo o bem estar social entre as diversas partes envolvidas. Essa prática age em resposta aos estudos do Filósofo Thomas Hobbes que especulava principalmente em sua obra mais conhecida, O “Leviatã” em que “O homem é o lobo do homem” e a sociedade contemporânea durante anos viveu o aspecto individualista onde o não havia interesse mais importante do que o próprio interesse, o que gerou guerras, lutas e causou diversas mortes que poderiam ter sido evitadas se o homem fosse menos soberbo e mais cooperativo com o mundo a sua volta (exemplo Hitler com o nazismo). Este conceito é intitulado para Hobbes como o “Contrato social” e cabia a sociedade ditar as regras e guiar para o bem comum de cada indivíduo, já que o mesmo nasce naturalmente mau e egoísta. Voltando para a era atual, no Brasil existe uma organização que lida com práticas da economia solidária, uma das cooperativas pioneiras de catadores de materiais recicláveis no país, que distribui seus lucros de maneira igualitária aos funcionários que são independentes (catadores de lixo) e assim cedendo o espaço (depósito) de resíduos recicláveis que são remanejados e vendidos para outras empresas que tenha a intenção de utiliza-los. Desta forma, quanto mais materiais recicláveis eles pegarem, mais eles irão lucrar sem a necessidade de ter um “chef” que dita as regras e estipula metas para os mesmos. 

Outro grande exemplo de organização que funciona sob o princípio da economia solidária é o Banco Palmas, banco comunitário de desenvolvimento voltado para a geração de trabalho e renda na perspectiva de reorganização das economias locais. Fundado em 1998 em um bairro de periferia de Fortaleza com o objetivo de promover o desenvolvimento de áreas de baixa renda, através do estímulo as redes locais de produção e consumo garantindo microcréditos. A missão é também para fornecer acesso a serviços bancários para os moradores das comunidades mais pobres, que normalmente não teriam acesso a eles nos bancos tradicionais, com base na falta de histórico de crédito ou de garantia financeira.

Em suma, toda a forma de se ajudar através de ações voltadas para um bem coletivo são vistas como ações solidárias, que quando compartilhadas e unidas formam grandes resultados, sejam eles pessoais ou profissionais. A garantia de que todos os colaboradores receberam tais benefícios igualitários faz com que cada vez mais esse método de exercer economia cresça, hoje as pessoas buscam somente dinheiro, o conhecimento e a experiência são de grande valia, e ajudam o indivíduo a chegar em lugares jamais almejados, já que o conhecimento não há quem tire. O capital é uma das engrenagens empresariais mais importantes, por isso a economia solidária não o deixa de lado, usando-o como um dos nortes a serem seguidos, juntamente com o ideais que assolam essa forma de se pensar em empresa.

 

 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS:

 

Cooperativa de catadores é exemplo em economia solidária. Instituto Pólis. Disponível em: https://polis.org.br/noticias/cooperativa-de-catadores-e-exemplo-em-economia-solidaria/#:~:text=Economia%20solid%C3%A1ria%20%C3%A9%20um%20conceito,aos%20mais%20exclu%C3%ADdos%20do%20capitalismo. Acesso em: 19/05/2021.

 

 

Thomas Hobbes: “O homem é o lobo do homem”. Super Interessante. Disponível em: https://super.abril.com.br/ideias/o-homem-e-o-lobo-do-homem-thomas-hobbes/ . Acesso em: 19/05/2021.

 

http://www.institutobancopalmas.org/o-que-e-um-banco-comunitario/

 

 

Comentários

  1. Gostei muito de como o grupo trouxe o tema, ressaltando a importância dos benefício igualitários, do capital como engrenagem empresarial e a promoção de desenvolvimento nas áreas de baixa renda.

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  2. Interessante o texto. Não conhecia a iniciativa do banco Palmas, de fato ele aparenta ser um bom exemplo de como ações cooperativas empresariais podem impactar positivamente o coletivo, bem como beneficiar as camadas mais carentes da sociedade.

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  3. Como comentei no post anterior, é necessário um equilíbrio entre as partes. Não existe uma fórmula secreta que faz com que tudo melhore, não é tirando isso que melhora aquilo, tem que haver sinergia para a busca de uma sociedade melhor, e se tem percebido com os artigo, com as apresentações que muito se tem feito para melhorar um mundo, isso nos dá esperanças.

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  4. Muito interessante o link do assunto com o contexto filosófico também, além da apresentação do exemplo do Banco Palmas que eu também não conhecia. Só uma observação, não sei se é meu navegador mas pra mim as imagens não estão visíveis.

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