CIBERATIVISMO E OS MOVIMENTOS SOCIAIS
Diante de tamanha diversidade
e diferenças no mundo, todos os dias vemos debates acontecendo nas redes
sociais. Um deles é o ativismo ou ciberativismo. Atualmente, com a facilidade
de se manifestar através das redes e podendo ser feito de forma anônima, cada
dia mais cidadãos, movimentos sociais, grupos diversos e até partidos políticos
estão utilizando plataformas na internet como forma de disseminação de
informações.
O motivo das ações pode ser
diversos e cabe ao leitor diferenciar fake News de liberdade de expressão.
Ativismo nas redes sociais é um conceito que faz referência a atividades
que utilizam páginas do Facebook, Twitter, Instagram, Youtube e outros locais
para promover o apoio a uma causa específica.
Oscar Howell-Fernández define ativismo social, como: “uma representação
mais ou menos exata de nossas preferências e de nossa atividade social
que se desenvolve de maneira constante e diária online, diante de
instituições públicas ou privadas, governamentais ou comerciais.”
existem diversas causas e maneiras de se expressar. Igualdade de gênero,
diversidades nas empresas, combate ao trabalho escravo, combate ao abuso
infantil, aos maus tratos de animais, entre outros.
A liberdade de expressão deve existir, contudo deve ser usada com
responsabilidade pois com o poder da internet, a voz de um cidadão pode
alcançar milhares de pessoas.
No mundo, existem diversos grupos que praticam o ativismo online. No
exterior, os grupos Anonymous e LulzSec atuaram principalmente ao atacar organizações
governamentais contra estratégias de abuso de autoridade e
desinformação. Da mesma maneira,
surgiu o WikiLeaks, plataforma de vazamento de documentos sobre operações
governamentais antidemocráticas. No Brasil, destaca-se o surgimento do
Movimento Brasil Livre (MBL),
grupo de alinhamento político de direita que atuou fortemente no impeachment de
Dilma Rousseff, utilizando táticas semelhantes às de Donald Trump na eleição de
2016. Atualmente, vários membros do MBL lançaram candidaturas a cargos públicos.
Três momentos marcantes no Brasil sobre o ciberativismo foram as
manifestações em prol do Impeachment do ex presidente Michel Temer no final de
2016 até 2017, a grave dos caminhoneiros, em 2018, organizada pela internet onde
repudiavam o descaso do governo para com suas reivindicações e os panelaços que
vêm ocorrendo contra atos do atual governo.
O autor Sandor Vegh no livro "Classifying forms of online activism:
the case of cyberprotests against the World Bank, de 2003" (o livro, sem
tradução brasileira, é considerado uma referência sobre o tema), comenta sobrea
algumas estratégias do ciberativismo e para que elas são utilizadas:
Conscientização e propagação de uma causa: Mostrar o que a causa em si
representa;
Organização e mobilização: mobilizar a população para manifestações ou
eventos.
Ação e reação – “mão na massa” tanto para o grupo a favor da causa da manifestação,
quanto para grupo contra a causa.
ATIVISMO nas redes sociais: características, impactos e exemplos. Fundação Instituto de Administração, 2021. Disponível em: https://fia.com.br/blog/ativismo-nas-redes-sociais/. Acesso em: 27/04/2021.
ATIVISMO nas redes sociais: o que é, como ocorre e redação!. Stoodi, 2020. Disponível em: https://www.stoodi.com.br/blog/redacao/ativismo-nas-redes-sociais/. Acesso em: 27/04/2021.
MARTINS, A. Ciberativismo
- ativismo nasce nas redes e mobiliza as ruas do mundo. Vestibular Uol,
2012. Disponível, em: https://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/ciberativismo-o-ativismo-da-rede-para-as-ruas-o-ativismo-da-rede-para-as-ruas.htm.
Acesso em: 27/04/2021
Se pensarmos hipoteticamente nossas vidas sem internet, sem redes sociais, como seria? Acho que é até difícil pensar em uma situação dessa, mas pode ter certeza que não seria igual a que vivemos hoje. Pode-se pensar da mesma forma sobre o ativismo social, que através das redes sociais o ativismo ele engrandece, sua voz aumenta o que não seria igual nos anos em que a internet/redes sociais era quase inexistente. Podemos ver vários exemplos de lutas que ganharam força nacional através das redes sociais, isso nos mostra a grande arma que temos para transformar nossa realidade e que essa arma está literalmente em nossas mãos, basta nos conscientizar, organizar e lutar para um Brasil e um mundo melhor.
ResponderExcluirInteressante o texto. De fato é dever de cada cidadão verificar suas fontes de informação e ser responsável pela suas ações dentro e fora da internet, bem como é direito de cada um a liberdade de expressão e de manifestação em relação as lutas e causas que visa defender/apoiar/visibilizar.
ResponderExcluirO grupo apresentou muito bem o tema delimitando aspectos relacionados ao Ciberativismo. Parabéns ao grupo.
ResponderExcluirMuito bem mencionado pelo grupo que o ciberativismo é utilizado como liberdade de expressão, e uma forma de garantir a nossa democracia. Vale ressaltar, que atualmente a liberdade de expressão está sendo "confundida" por alguns grupos como discurso de ódio, logo,
ResponderExcluirdevemos prestar bastante atenção para não sermos influenciados por esta corrente e consequentemente propagar estes discursos nas redes sociais e no cotidiano.
Achei muito importante destacarem a questão das fake news e questões relacionadas a candidatura de Trump, pois mostra que devemos ter cuidado ao analisar as informações que nos são transmitidas e além disso as suas intenções, para podermos ter consciência daquilo que nos é apresentado.
ResponderExcluirA fake news é de suma importância e vale o destaque, tendo em vista que por exemplo no meio político é muito divulgado e quem não possui um conhecimento ou uma atenção dependendo do site, acaba acreditando e divulgando a notícia para outros sites, expandindo a notícia e isso é um perigo para a sociedade.
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